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Diálogo Aberto
Saúde e Equilíbrio
Saúde - Acupuntura
Verão pode nos afetar mental e fisicamente
Altas temperaturas predispõem à desidratação, desorientação e
alterações cognitivas, alteração de pressão e insônia. Conheça os
cuidados que devemos tomar nessa época do ano
Especialista em acupuntura há 33 anos e fisioterapeuta, Mestre em
Ciência da Motricidade Humana (UCB-RJ), especialista em Neurociência
aplicada à Longevidade (IPUB/UFRJ) e presidente da ABA-RJ
(Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro)
A falta de uma ingestão maior de líquidos no verão e o
aumento da transpiração causam uma desidratação insidiosa e
potencialmente lesiva para os rins e, consequentemente, para o
adequado funcionamento do cérebro e de todo o organismo
essa
época do ano, a maioria dos brasileiros só pensa em aproveitar
a estação para tirar férias e desfrutar do sol intenso, seja
nas praias ou no campo. Mas, como tudo na vida tem dois lados,
com o verão não seria diferente.
Todos nós sabemos os cuidados básicos e clássicos relativos à
exposição à luz solar (como passar protetor solar de duas em
duas horas e evitar o horário de exposição ao sol entre as 10h
e as 16h) e às altas temperaturas (hidratação oral constante
ao longo de todo o dia e de preferência com água de pH alto –
alcalino – e sem metal pesado).
Porém, o que ainda não é muito bem compreendido pelas pessoas,
é que as altas temperaturas, muito frequentes no verão
brasileiro, predispõem à formação de cálculos renais (pedras
nos rins) e esses, por si sós, são fatores de risco para a
doença renal crônica no futuro.
Hidratar o corpo é importante!
A falta de uma ingestão maior de líquidos no verão e o aumento
da transpiração causam uma desidratação insidiosa e
potencialmente lesiva para os rins e, consequentemente, para o
adequado funcionamento do cérebro e de todo o organismo. Tanto
que, a causa número 1 de desorientação e alterações cognitivas
agudas sem motivos aparentes no idoso, é a desidratação.
O hipotálamo – uma de suas funções é a de termostato do corpo
e controlador de sede e fome – do idoso é menos sensível às
mudanças da temperatura ambiente, levando-o a sentir menos
calor que a maioria das pessoas e ter menos sede, o que acaba
fazendo o idoso esquecer-se de ingerir líquidos na quantidade
que o corpo dele necessita.
É muito frequente testemunharmos idosos dando entrada nas
emergências dos hospitais, profundamente desorientados, e que,
após a administração de hidratação simples intravenosa,
recuperam a sua orientação como um passe de mágica...
E nunca é demais acentuarmos a importância de uma hidratação
ótima no idoso, visto que após os 50 anos perde-se
naturalmente 1% de função renal ao ano, aproximadamente. E
mesmo que o idoso faça uma hidratação perfeita, isso não é uma
garantia de que ele não terá doença renal. Porém, a hidratação
deficitária garantirá, com certeza, a doença renal crônica.
Fique de olho na água que você consome...
E não basta somente beber qualquer água. A maioria das águas
tratadas que saem nas bicas das grandes cidades é ácida, assim
como a maioria das águas minerais brasileiras que são vendidas
nos supermercados – basta olhar no contra rótulo onde se lê
“características físico-químicas” para se encontrar números
abaixo de 7,0, que é a medida de neutralidade de acidez.
Números abaixo disso significam que a água é ácida, e quanto
mais ácidos ingerimos em líquidos e em alimentos, mais
trabalho damos para o nosso rim.
Se a água ingerida é ácida, o rim terá que neutralizar esses
ácidos para manter o pH do nosso sangue estável em 7,35
(sangue venoso) e 7,45 (sangue arterial), que são os níveis
normais.
Portanto, não é por acaso que estamos assistindo a uma
epidemia silenciosa de Doença Renal Crônica no Brasil e no
mundo.
Inflamações, pressão, insônia, estado de humor...
No verão acontece outra situação que os pacientes portadores
de doenças inflamatórias crônicas autoimunes já conhecem bem:
a agravação das inflamações – sejam elas oriundas de doenças
reumatológicas ou neurológicas, como as do sistema nervoso
periférico (neuropatias), ou mesmo do sistema nervoso autônomo
(como a disautonomia, alterações do simpático que causam
taquicardia, baixa de pressão arterial ao levantar
rapidamente, flutuações na pressão arterial, insônia, fadiga,
enxaqueca, alterações da dinâmica urinária e outras alterações
funcionais do organismo).
Mas nem só de agravos se vive o verão. Nessa época do ano, há
tendências de melhora do estado de humor, das depressões, das
insuficiências cardíacas e vasculares periféricas. E quando
acontecem paradas cardiorrespiratórias (PCR) no verão, estas
são mais facilmente revertidas e têm menores taxas de óbito.
Acupuntura no verão
E no que tange aos tratamentos orientais e de Acupuntura, é
uma fase do ano em que se utilizam menos agulhas e de forma
mais superficial, pois a reação biológica do organismo da
maioria das pessoas está mais rápida.
Viva o verão!
Fotos/ilustrações: divulgação
Serviço
Mais
informações sobre a acupuntura podem ser encontradas no site do
Dr. Márcio de Luna Site: www.luna.med.br Consultório: Rua Nossa Senhora de Copacabana, 794, sala 304. Rio
de Janeiro - RJ
Fone: (21) 2257-3065