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Coluna 21
Refluxo pode causar problemas de saúde bucal
Além da azia, queimação e sensação de boca amarga o distúrbio fragiliza os dentes e, se não tratado, pode causar complicações, como esofagites intensas, erosões e feridas na mucosa oral
Entre os principais sintomas do refluxo estão azia, queimação no tórax após a alimentação e sensação de boca amarga
stima-se que dois em cada dez brasileiros sofra de refluxo gastroesofágico. O distúrbio – mais conhecido como simplesmente “refluxo” – ocorre quando o ácido presente no estômago para auxiliar a digestão retorna para dentro do esôfago, causando uma série de sintomas desconfortáveis e até problemas na boca.
De acordo com o médico Christiano Claus (foto), do Instituto Jacques Perissat (IJP), de Curitiba, no Paraná, o refluxo patológico surge devido à fraqueza de uma válvula, conhecida como esfíncter esofágico, que se localiza na parte inferior do esôfago, e é responsável por evitar que o ácido presente no estômago retorne ao esôfago. “A principal causa para a fraqueza da válvula é a hérnia de hiato”, define o especialista.
O que também pode causar a doença, segundo a gastroenterologista da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo, Dra. Maira Andrade Marzinotto (foto), é o uso de determinados medicamentos – anti-inflamatórios, por exemplo – e o aumento na pressão abdominal – ganho de peso e gestação. “O cigarro é outro facilitador, assim como os abusos alimentares e o consumo de bebida alcoólica”, complementa a médica.
Azia, queimação e boca amarga
Entre os principais sintomas do refluxo estão azia, queimação no tórax após a alimentação e sensação de boca amarga. Dependendo do grau do problema, ainda ocorrem crise de chiado no peito e dor torácica. “Existem pessoas que apresentam refluxo tão intenso, que o ácido alcança a garganta, causando tosse crônica, sensação de engasgo e até alteração da voz”, acrescenta Claus.
Se não tratada corretamente, a doença pode causar complicações, como esofagites intensas, úlceras esofágicas e até aumentar a predisposição para câncer de esôfago.
Efeitos na boca e nos dentes
De acordo com a implantodontista e franqueada da Odontocompany de Juazeiro do Norte, no Ceará, Aruza Torres Gregório (foto), alguns pacientes correm o risco de apresentar erosões (perda progressiva e irreversível do tecido duro por ação química), bem como feridas na mucosa oral provocadas pela regurgitação ou simplesmente pelo vapor ácido que atinge a cavidade oral quando o refluxo acontece. “Nestes casos, os dentes passam por um processo de descalcificação e ficam fragilizados”, afirma.
Para evitar que a saúde bucal seja comprometida, a especialista relata que quem tem refluxo deve procurar um cirurgião-dentista a cada três meses. “A pessoa precisa ser orientada a neutralizar o pH da cavidade oral, o que pode ser feito, por exemplo, com o uso de gomas de mascar sem açúcar após as refeições”, ensina.
E a profissional diz ainda que é fundamental escovar os dentes uma hora após a ingestão de alimentos e bebidas, especialmente os ácidos, sempre utilizando escovas de cerdas macias e cremes dentais com pH neutro, de baixa abrasividade e com a presença de agentes dessensibilizantes.
Dependendo do grau de desgaste dental, a reabilitação completa dos dentes afetados pode ser feita por meio de resinas compostas, restaurações cerâmicas, pinos e núcleos metálicos fundidos.
Para combater os efeitos do refluxo, é fundamental a integração entre dentistas e gastroenterologista. “Em quaisquer enfermidades sistêmicas, o papel do cirurgião-dentista é tratar dos resultados finais provocados, que são a cárie e a erosão dental, e orientar quanto à prevenção destes problemas. O plano de tratamento para os pacientes não estará completo até que o quadro de regurgitação, vômitos e xerostomia, entre outros, seja tratado, portanto o trabalho multidisciplinar é imprescindível”, finaliza Aruza.
Diagnóstico e tratamento do refluxo
O diagnóstico do refluxo gastroesofágico é feito com base no quadro clínico e em alguns exames – a endoscopia digestiva é o primeiro a ser realizado. Uma vez confirmado, é aconselhável iniciar o tratamento o mais rápido possível.
De acordo com a doutora Maira, ele envolve mudanças no estilo de vida, o que inclui perda de peso, realização de atividades físicas e alimentação saudável e balanceada. Ela ainda aconselha cortar do cardápio refrigerantes, bebidas alcoólicas, chocolates, alimentos gordurosos e pimenta.
Fotos/ilustrações: OdontoCompany / divulgação
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