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Coluna 5
Estudo mostra que combinação de vitaminas e minerais pode ajudar na prevenção da DMRI
O uso de antioxidantes e zinco não cura a Degeneração Macular relacionada à Idade e não restaura a visão já perdida, porém aumenta a probabilidade de manutenção da acuidade visual
Médica chefe do Setor de Retina e Vítreo da Santa Casa de São Paulo, com doutorado na USP – Universidade de São Paulo, é colunista convidada do Portal Terceira Idade
DMRI é uma das principais causas de
perda visual após os 55 anos de idade, sendo decorrente de uma degeneração progressiva da região central da retina, chamada mácula. Os principais
fatores de risco para o desenvolvimento da DMRI são: idade avançada, etnia caucasiana, predisposição genética, exposição aos raios solares UV, tabagismo e hipertensão arterial.
Existem dois tipos de DMRI: a seca, que corresponde a 80 a 90% dos casos, que é a forma mais comum e de progressão mais lenta, e a
úmida, que acomete cerca de 10 a 20% dos indivíduos, com perda visual de progressão rápida. Neste último tipo, ocorre a formação de novos vasos sanguíneos abaixo da retina, com extravasamento de líquido e sangramento na região macular. Sintomas como distorção central das imagens, presença de mancha escura ou área embaçada no centro da visão e distorção das linhas retas devem ser um alerta para que antecipe sua visita ao oftalmologista.
Atualmente, existe tratamento para a forma úmida da degeneração macular. Através de injeções intra-oculares de medicamentos anti-angiogênicos nas fases iniciais da doença conseguimos estabilizar a visão em 90% dos pacientes e melhorar a visão em 30 a 40% dos pacientes. Mas este tratamento exige acompanhamento mensal e várias injeções são necessárias para controlar a doença.
Já a DMRI seca é uma forma de degeneração de evolução lenta, mas também leva à perda da visão central nas fases mais avançadas. E o mais importante é a
prevenção. Portanto, orientações como atividades físicas regulares, suspensão do tabagismo e dieta saudável têm sido recomendadas. Da mesma forma, a exposição excessiva aos raios solares também é contra-indicada.
Além disso, uma combinação de vitaminas e minerais, com a adição de um óleo natural chamado de luteína está prometendo ajudar a prevenir essa doença se utilizado nas fases iniciais. O estudo chamado
AREDS (Age Related Eye Disease Study), realizado nos Estados Unidos indicou efeito positivo no uso de antioxidantes e zinco na prevenção da progressão da DMRI. Estes nutrientes não curam a degeneração macular e também não restauram a visão já perdida, porém aumentam a probabilidade de manutenção da acuidade visual.
Sabe-se que a boa alimentação é também um dos meios mais eficientes para a prevenção da DMRI. A vitamina E está presente em grãos (cereais, trigo, cevada), óleo vegetal, ovos e nozes. O zinco está presente nos grãos, laticínios, carne, aves e peixes. A vitamina C é encontrada em frutas cítricas, brócolis e batatas e a vitamina A na cenoura e na couve. Já os ácidos graxos ômega-3 podem ser obtidos em peixes.
Quando a DMRI já está nas fases avançadas, e o paciente já apresenta perda da visão central,
auxílios ópticos podem ajudar, aumentando e redirecionando a visão lateral remanescente. Vemos, portanto, que
visitas periódicas ao oftalmologista e mudanças nos hábitos de vida podem ajudar a prevenir a DMRI e diagnosticar precocemente a doença.
Fotos/ilustrações: divulgação
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